sábado, 5 de setembro de 2009

PARA DENTRO


Quando no mundo externo parece haver apenas suicídio e nada mais, a pessoa, então, se volta para dentro. Somente em tal ponto, no pico da frustração, a pessoa se volta para dentro.


A volta para dentro não acontece a uma pessoa morna e insensível; ela acontece apenas quando as coisas estão realmente quentes e não mais existe qualquer caminho externo. Todos os caminhos já provaram ser falsos.


Quando você ficou totalmente frustrado com o mundo exterior e todas as jornadas externas, quando toda a extroversão parece não ter mais sentido, somente então surge o desejo, o anseio por uma peregrinação mais interna


3 comentários:

angela disse...

POde ser dificil, mas é tão bom esse caminhar para dentro.
abraços

Anônimo disse...

Os 7 diferentes tipos de religião
OSHO
A religião é um fenómeno muito complexo, complexidade que é preciso compreender. Há sete tipos de religiões no mundo. O primeiro tipo baseia-se na ignorância. Como as pessoas não conseguem tolerar a sua ignorância, escondem-na. Como é dificil acreditar que não sabemos, pois vai contra o ego, as pessoas acreditam. Os seus sistemas de crenças funcionam para proteger os seus egos. As crenças parecem ser útiles, mas, a longo prazo, são muito prejudiciais. Ao principio parecem ser protectoras, mas acabam por ser muito destrutivas. A orientação está na ignorancia, é apenas para evitar a realidade, para evitar o vazio que sentimos no nosso ser. Uma grande parte da humanidade está ainda neste tipo de religião.
As pessoas deste primeiro tipo, são os fanáticos. Não conseguem sequer tolerar que possa haver outro tipo de religiões no mundo. A sua religião é a única religião. Não podem ler as escrituras dos outros, não podem ouvir as outras nuances da verdade, não podem ser tolerantes com outras revelações de Deus. A sua revelação é a única revelação, e o seu profeta é o único profeta. Tudo o resto é absolutamente falso. A característica deste primeiro tipo de religião é a imitação.
Cada pessoa nasce com uma individualidade única. A imitação é um crimem. Se tentar tornar-se como jesus, pode parecer-se como jesus, pode caminhar como ele, pode falar como ele, mas estará a perder. Perderá tudo o que a vida tem para oferecer. Jesus só acontece uma vez. Não está na natureza das coisas repetir-se. A existência é tão criativa que nunca se repete nada. Você é uma alma, individual, única.

Anônimo disse...

O segundo tipo de religião é baseado no medo. É doentio, quase neurótico. É a religião do “não” “não faças isto, não faças “aquilo”, o medo é sempre negativo. Os dez mandamentos são baseados no medo, não façam isto, não façam aquilo. Dá uma certa rigidez, uma certa doses de represão. A palavra chave é o “inferno” o segundo tipo de pessoa está sempre com medo, age por medo, e independentemente daquilo que reprimir, nunca se livrará totalmente disso; na verdade está mais sujeita ainda, porque quando reprimimos uma coisa ela se enterra mais no fundo do nosso subconsciente. Alcança as nossas raízes e envenena todo nosso ser.
O terceiro tipo de religião baseia-se na cobiça. É a religião do “sim”. A sua palavra chave é ”paraiso”. Tudo tem de ser feito de tal maneira que o mundo, o outro mundo, esteje completamente seguro e nossa felicidade depois da morte esteja garantida. A religião da cobiça é formal, ritualista, ambiciosa, baseada no desejo. Este tipo de pessoa é basicamente mundano. Estes três tipos de religião estão todos misturados. Não é possivél encontrar uma pessoa que seja absoluta e unicamente pertencente ao primeiro, segundo ou terceiro tipo. Onde há cobiça há medo, onde há medo á cobiça, há ignorância, porque não podem existir uns sem os outros. Estes são os tipos inferiores de religião.
O quarto tipo é a religião da lógica, do calculismo, da esperteza. É uma religião do “sim” mais “não” : mundana, materialista, oportunista, intelectual, teórica, tradicional, baseada nas escrituras. Esta é a religião do pândita, do erudito que tenta provar a existência de Deus pela lógica, que acha que os mistérios da vida podem compreender-se através da mente. Este tipo de religião cria teologia, dogmas. Não é possível compreender a vida através da lógica.
Estes 4 tipos de religião: ignorância, medo, cobiça e lógica são as pseudo-religiões, falsas religiões. O quinto, sexto e setimo tipos são as verdadeiras religiões. O quinto é a religião baseada na inteligência: a inteligência une, faz um todo das partes, porque esse é um dos maiores entendimentos: as partes existem através do tudo e não o inverso. A beleza pertence ao todo, é a graciosidade do todo. Deus é a maior de todas as totalidades. Deus não é uma pessoa, deus é uma presença, a presença quando a totalidade funciona em grande harmonia; as árvores, os pássaros e a terra, as estrelas, a lua, o sol, os rios e o oceano, todos juntos. Essa unidade é Deus.
A inteligência é o método para unir as coisas. Procura sempre um todo superior, porque o significado está sempre no todo superior. A inteligência busca sempre o mais elevado. O sexto tipo de religião é a meditação. Meditação é consciência, espontaneidade, liberdade, não tradicional, racional, revolucionária, individual. A pessoa volve-se para dentro de si própria. Abandona todas as direcções, todas as dimensões. Tentamos simplesmente ser nós próprios, tentamos simplesmente ser.
Depois temos o sétimo e último tipo de religião, o mais elevado: a religião da iluminação. A sua palavra chave é felicidade. Este setimo tipo é alegria, celebração, canções, danças, êxtase. A tranquilidade é boa é muito bela, mas falta-lhe alguma coisa; falta-lhe felicidade. Quando a tranquilidade começa a dançar, é felicidade. Quando a paz se torna activa, transbordante, é felicidade.
Quando a felicidade está encerrada numa semente, é tranquilidade. E quando a semente brotou, e não apenas isso, mas quando a árvore floresceu e as sementes tornaram flores, então é iluminação. Esse é o tipo mais elevado de religiosidade. A paz tem de dançar e o silêncio tem de cantar. E a menos que a nossa tomada de conciência mais profunda se converta em riso, ainda falta alguma coisa. Ainda é preciso fazer alguma coisa.

Trecho do livro: O Livro da Compreensão
O caminho para a liberdade
Autor: Osho