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Ninguém consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas pensarão de mim?" Desde a sua infância foi-lhe ensinado a usar máscaras, belas máscaras. Não há necessidade de se ter uma bela face, só uma bela máscara é o bastante, e a máscara é barata. É árduo transformar a sua face, mas pintá-la é muito simples.
Agora, de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio no mais profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão disso? As pessoas irão aceitá-la, as pessoas continuarão a amá-la e respeitá-la? quem sabe? Porque elas amavam a sua máscara, elas respeitavam o seu caráter, elas glorificavam o seu vestuário. Agora o medo aparece. "Se eu, de repente, ficar nu, elas irão continuar a me amar, a me respeitar, a me valorizar, ou todos elas irão fugir para longe de mim? Elas podem retornar para seus caminhos e eu posso ficar só."
As pessoas, então, seguem representando. Devido ao medo há o fingimento, devido ao medo há todas as falsidades. Para ser autêntica, a pessoa precisa não ter medo.
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2 comentários:
A maresia adormeceu na areia
O mar transformou-se em espelho de água
Uma nuvem mirou-se nele
Verteu uma última gota de mágoa
Este sol que beija a ilha na manhã
Traz um sorriso cheio de mistério
Este verde orvalhado pela bruma da noite
É o tapete de um Deus no seu império
Abraço
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