segunda-feira, 13 de abril de 2009

A MENTE MENTE

"O pecador e o chamado santo não são muito diferentes; ambos são diferentes arranjos da mesma mente"
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Permaneça uma testemunha. Lembre-se sempre de permanecer uma testemunha; saiba perfeitamente bem que, seja o que for que passe pela sua mente, você não é aquilo. Você não é esta coisa chamada mente. Uma vez que você se torna identificado com qualquer coisa da mente, você caiu numa armadilha, numa prisão. Daí, você pode seguir mudando e ajeitando esta coisa repetidas vezes, mas nada acontecerá.

Isso é o que as pessoas seguem fazendo: melhorando a si mesmas, criando um belo caráter, tornando-se mais santos e religiosos; mas a coisa básica ainda não foi feita. Elas estão simplesmente ajeitando as coisas da mente.

Você pode continuar ajeitando os móveis de sua casa; você pode ajeitar da melhor maneira, com mais estética, mas o material continuará sendo o mesmo. O pecador e o chamado santo não são muito diferentes; ambos são diferentes arranjos da mesma mente.
O verdadeiro sábio é aquele que se torna consciente de que ele não é a mente, definitivamente. A idéia de pecado surge e ele permanece indiferente; a idéia de se tornar um santo surge e ele permanece indiferente. Com nada ele se identifica, raiva ou compaixão, ódio ou amor, bom ou ruim.
Ele permanece sem julgamento, ele não condena coisa alguma em sua mente. Se você é apenas uma testemunha, qual é o sentido em condenar alguma coisa? E ele não elogia nada em sua mente. Se você é apenas uma testemunha, elogio é simplesmente fútil. Ele permanece tranqüilo, recolhido e centrado. Enquanto a mente continua esbravejando ao seu redor.
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OSHO - Unio Mystica - Vol. II - Capítulo 3
Tradução: Sw.Bodhi Champak
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7 comentários:

muriloha disse...

Belíssimo texto. Posso citar em meu blog alguns desses textos que você tem aqui no seu? Desde já agradeço.

Murilo H. Abreu - Palavras de Osho

Lumenamena disse...

Com o que acabo de ler, penso que sou uma testemunha da mente.
Sou indiferente à ideia de pecado, sou indiferente de me tornar santa, não faço julgamento de coisa alguma, não condeno nada.
Este texto tocou bem fundo na minha alma.
Gracias!

muriloha disse...

Carlos: fico extremamente grato. Seus blogs são sensacionais. Muitíssimo obrigado.

Luiz Lopes disse...

Oi Carlos, sou novo por aqui e estou vindo do "Palavras de Osho" neste momento.
O que está (hoje) lá é parecido com o que está aqui, e vou expressar resumidamente minha opinião.

Acho que toda essa quietude proveniente da falta de julgamento pode traduzir-se em passividade, pois se não há julgamento - juízo de valor -, não poderá haver planejamento da ação.

E julgamento tão somente é a formação do juízo, realizado no âmbito interno, sem efeitos materiais. O que vem depois dele é que poderá ser bom ou ruim, mas aí já residirão os pré-conceitos.

Só não entendo como passividade - se for realmente passividade - pode ter alguma utilidade.

Mais sobre julgamento (acho que totalmente o contrário que Osho disse): http://espiritoreto.blogspot.com/2008/10/importante-julgar.html

Muito bom esse seu blog, vou estudá-lo mais.

Abraço.

Unknown disse...

Não é passividade. No polo oposto, poderia dizer que lutar resultará em sucesso. Mas não é isso que vejo. Tem gente que luta vida toda e só arranja encrenca. Se o momento exige luta, lute integralmente. Se não, manter-se distante (não passivo, apenas longe) é sabedoria.

Luiz Lopes disse...

Concordo. Devemos perceber se o momento é de luta ou não.

Daí podemos agir ou observar.

Uma abraço. Tbm gostei muito daqui. Parabéns.

Anônimo disse...

Como eu gosto deste blog...
Não tenho palavras para expressar a gratidão que sinto por você Carlos, por haver surgido em minha vida e ter feito tanta diferença para minha existência.
Me sentia um ET rsrs...Hoje me sinto a Silvânia Maia Dutra.
Um grande beijo!