domingo, 31 de janeiro de 2010

A BARATA DE KAFKA

Existe uma parábola de Kafka:

Certa manhã ele acordou e descobriu que era uma barata. Deve ser um sonho, ele deve ter acordado dentro de um sonho. E não era apenas isto, a barata estava de pernas para o ar, e ele conseguia ver aquelas pernas se movendo no ar, e ele não conseguia se virar para posição certa, ele estava de costas. E você pode imaginar... a miséria do homem, a agonia e a náusea. E ele tentava arduamente, mas parece que não havia jeito de se virar. Uma grande barata ocupando toda a cama.

O homem moderno tem ainda mais medo. Quem sabe no que você vai tropeçar quando mergulhar em si? Pesadelos, monstros... Quem sabe o que está lá dentro? Por que abrir a caixa de Pandora? Mantenha-a firmemente fechada e sente-se em cima. Isto é o que todo mundo está fazendo. E, sob certo sentido, o medo está certo – mas somente sob certo sentido.

No começo você encontrará baratas, rinocerontes, répteis e todo tipo de coisas horríveis – porque estas são as coisas que você esteve reprimindo em si mesmo, estas são as coisas que você não permitiu. Você reprimiu a raiva, o ciúme, a possessividade, o ódio. Você reprimiu a violência e o assassinato. Todas estas coisas estão ali. Esta é a barata que está dentro de você. A violência tornou-se uma perna, a possessividade tornou-se outra e o ciúme uma outra mais...

Quando mergulhar dentro de si, você terá que encarar tudo isto. Naturalmente, esta não é a história toda. Se você puder encarar a barata, se você puder ir cada vez mais fundo, sem qualquer medo, e observar tudo o que estiver acontecendo, e lembrando-se que ‘eu sou apenas um observador, uma testemunha a tudo isto. Eu não posso ser a barata porque eu posso ver...’ o que você consegue ver não é você.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O FALSO RELIGIOSO

Seus sonhos são os seus desejos reprimidos. A boa pessoa está em contínuo conflito. Sua vida não é de alegria; ela não pode rir de verdade, ela não pode cantar, não pode dançar.

Em tudo, continuamente ela faz julgamentos. A sua mente está repleta de condenação e julgamento; e porque ela própria está tentando arduamente ser boa, ela também está julgando os outros pelo mesmo critério.

Ela não pode aceitá-lo como você é; ela pode aceitá-lo se você preencher as suas demandas de ser bom. E porque ela não pode aceitar as pessoas como elas são, ela as condena.

Todos os seus santos estão cheios de condenação para com todo mundo: todos vocês são pecadores. Essas não são as qualidades da pessoa religiosa autêntica.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MEDO DE FICAR SÓ

Se o medo existe, é provável que ele tenha influência em sua vida, porque você sempre agirá de uma maneira para que não fique só, seja qual for o preço que tenha que pagar, mesmo que você tenha que permanecer uma escrava por toda a sua vida. Se você tiver que vender a sua alma, você venderá, mas você permanecerá cercada pela multidão. Isso parecerá aconchegante, seguro, protegido. Você saberá quem é você.


Isso destruirá toda a sua beleza espiritual, sua glória espiritual. Isso destruirá todas as possibilidades de seu crescimento interior. E isso vai influenciar seus relacionamentos. Milhões de pessoas continuam em relacionamentos que são simplesmente infernos; mas devido ao medo de que possam ser deixadas sós, elas continuam agarradas. Isso é miserável, é um grande sofrimento, é uma tortura, mas pelo menos alguém está com você.

Fazendo a comparação, é melhor ser miserável estando com alguém do que ser deixado só.


Esta é uma das razões porque milhões de pessoas continuam sofrendo

e continuam agarradas aos mesmos relacionamentos que

não estão lhes dando qualquer alimento e

simplesmente são destrutivos e suicidas.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O FAZER E O NÃO-FAZER

Esta é uma questão que mais cedo ou mais tarde vai aparecer para todo mundo. O que você está fazendo aqui? A questão surge porque a minha ênfase não está no fazer. Eu estou lhe ensinando não-fazer. A questão é relevante. Se eu estivesse lhe ensinando alguma coisa para ser feita, a questão não iria surgir, porque você estaria ocupado.

Se você for a alguma outra pessoa - existem mil e um ashrams no mundo onde eles ensinam a fazer alguma coisa. Eles não o deixam desocupado porque eles pensam que uma mente desocupada é oficina do diabo. Meu entendimento é totalmente, diametralmente oposto. Quando você está absolutamente vazio, Deus preenche você; somente quando você está não-ocupado, você é.

Enquanto você está fazendo alguma coisa, isto é apenas na periferia. Todos os atos estão na periferia; todos, sejam eles bons ou maus. Sendo um pecador, você está na periferia; sendo um santo, você está periferia. Para fazer o mal, você tem que sair de si e para fazer o bem, você também tem que sair de si.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A MENTE DUAL

A coisa verdadeira é permitir o amor e aceitar o ódio também. Se você aceitá-lo, logo verá que ele estará desaparecendo e a mesma energia está se voltando para o amor. Um dia ele desaparece, mas ele não pode ser reprimido. Ele desaparece através da aceitação – e então uma qualidade totalmente nova de amor surge, não corrompida pelo ódio. Mas tal amor somente é possível se você aceitar isso: amor e ódio. Se você reprimir isso, aquele amor mais profundo nunca será possível. Tal amor mais profundo não conhece ódio algum, mas você nada sabe sobre ele, a mente não consegue saber coisa alguma sobre ele. Ele é algo além da mente. Ele não é da mente.

A mente sempre é dual. Se o amor está ali, o ódio está ali. Se a compaixão está ali, a crueldade também está. Se o compartilhamento está ali, a avareza também está. A mente sempre é dual, e se você quiser ir além da mente, então não faça escolhas a partir dessa dualidade. Não diga, ‘Eu escolherei o amor e não escolherei o ódio.’ Assim, você permanecerá na mente para sempre. Simplesmente aceite ambos. Na aceitação, você transcende. Você vai além de ambos, porque você não fez qualquer escolha a favor disso ou daquilo. Mas eu compreendo – o problema é prático.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Blog SOL - Saúde On Line


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domingo, 3 de janeiro de 2010

Políticos [2]

Joseph Stalin matou mais de um milhão de russos e a Rússia não tinha um milhão de pessoas ricas. Aquele um milhão era de pessoas pobres, as pessoas para quem a revolução havia sido feita, em nome de quem Stalin tornou-se um ditador e estava governando o país. Por que aquelas pobres pessoas foram mortas? Elas não estavam conscientes de que ao escolher o Partido Comunista e fazer a revolução elas estavam cometendo um engano. Elas apenas pensavam que os comunistas iriam fazer todo mundo ficar rico. Elas não tinham outra idéia.

A idéia delas era simples, elas eram pessoas simples. Pensavam que quando o Partido Comunista estivesse no poder, todo mundo ficaria rico, feliz e empregado. Mas quando o Partido Comunista chegou ao poder, milhares de outras coisas começaram a acontecer, sobre as quais o povo não tinha nenhuma idéia.

Eles não fizeram a revolução e não lutaram contra o czar e seu reinado por causa dessas coisas. Primeiro eles ficaram chocados. O czar e toda a sua família - dezenove pessoas – foram brutalmente assassinados, e um deles era um bebê com apenas seis meses de vida. Eles não deixaram nem aquela garotinha viver, e ela nenhum mal tinha feito a quem quer que fosse, ela ainda nem sabia o que era a vida e nem estava preocupada com ricos e pobres nem com todo esse jargão. Eles os colocaram de pé numa fila e atiraram com uma metralhadora.

Quando as pessoas souberam, elas não podiam acreditar, porque elas nunca pensaram que as coisas aconteceriam assim. E logo outras coisas começaram a acontecer. As igrejas tiveram que se transformar em hospitais e escolas porque no Partido Comunista não tem deus. E nem acreditavam que o homem tivesse uma alma. Para eles a consciência era apenas uma combinação de elementos físicos, era um subproduto, de modo que matar um homem não era diferente do que desmontar uma cadeira; tudo é matéria.

O povo pobre não estava consciente de que eles estavam fazendo a revolução e morrendo por ela para implantar o materialismo. E quando suas igrejas foram fechadas, eles começaram a lutar, quando suas bíblias lhes foram tiradas, eles começaram a combater. O resultado final foi que um milhão de pessoas foram mortas porque elas não estavam prontas para aceitar a ideologia comunista do materialismo.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Políticos [1]

Existem dois tipos de criminosos: os que são bem sucedidos, que se tornam poderosos e fazem história, e os criminosos sem sucesso que são presos nas grades, nas prisões e morrem com uma morte infame; vivem e morrem inexpressivamente.

De vez em quando um criminoso bem sucedido é pego. O presidente Nixon, por exemplo, foi pego. Se ele não tivesse sido pego, nós nunca pensaríamos que ele era um criminoso. Ele poderia ter permanecido na história como um grande presidente de uma grande nação.

É importante lembrar o que Mao-Tsé-Tung, da China, disse quando Nixon, totalmente envergonhado, renunciou à presidência. Ele disse, ‘eu não compreendo de jeito algum que crime Nixon cometeu, porque nós, políticos, fazemos as mesmas coisas em todo lugar. O único erro daquele pobre homem foi ter sido pego, não que ele tenha cometido algum crime, mas ter sido pego.’

E você precisa saber que mesmo depois, quando Nixon já não era mais presidente, Mao-Tsé-Tung enviou um avião presidencial especialmente para pegá-lo e trazê-lo para passar umas férias na China, para lhe dar consolo e lhe dizer, ‘Você nada fez de errado. Não se sinta culpado. Todo político faz o mesmo: você apenas tem que ser cuidadoso ao fazer as coisas.’

Joseph Stalin matou mais de um milhão de russos e a Rússia não tinha um milhão de pessoas ricas. Aquele um milhão era de pessoas pobres, as pessoas para quem a revolução havia sido feita, em nome de quem Stalin tornou-se um ditador e estava governando o país. Por que aquelas pobres pessoas foram mortas? Elas não estavam conscientes de que ao escolher o Partido Comunista e fazer a revolução elas estavam cometendo um engano. Elas apenas pensavam que os comunistas iriam fazer todo mundo ficar rico. Elas não tinham outra idéia.

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